quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Indisciplina escolar - Um olhar crítico sobre o tema

Devemos analisar a indisciplina e não julgá-la! Saber as razões e combatê-las!

2 comentários:

  1. A indisciplina pode surgir como a outra alternativa ao insucesso escolar, procurando deste modo "valorizar" a sua relação com os outros. Este insucesso não se refere exclusivamente às classificações nas disciplinas, mas também em certos valores, que ele pensa serem assumidos pela comunidade, e que o aluno não vê refletido nele.

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  2. Vou deixar aqui um manual para professores...
    O manual mais pequeno do mundo sobre sobrevivência profissional.

    Como ganhar a guerra que os pais e alunos ressabiados andam a fazer
    aos professores?


    1. Não queira salvar o Mundo. O Mundo não tem salvação. Os humanos têm
    tratado tão mal a mãe natureza que ela vai agradecer quando os humanos
    derem cabo de si próprios.
    2. Não entre na escola com a ideia peregrina de que a sua missão é salvar
    crianças e adolescentes. Há muitas crianças e jovens que não têm salvação.
    Quando chegam à escola já estão perdidas. Não se sinta culpado pela
    perdição dos outros. As culpas da perdição têm de ser distribuídas pelos
    políticos e pelos pais. Os primeiros porque não sabem governar o país;
    apenas sabem governar-se. Os segundos porque colocam o amor próprio e os
    interesses pessoais à frente dos interesses dos filhos. E vai daí, passam a
    vida a fazer asneiras.
    3. Se vir uma criança com fome, compre-lhe uma sanduíche. Mas não tenha a
    pretensão de querer resolver o problema da pobreza.
    4. Não fale nas aulas sobre sexo e política. Concentre-se nas suas matérias e
    lembre-se de que ensinar bem é a coisa que melhor pode fazer para ajudar as
    crianças e os jovens a serem bem sucedidos.
    5. Não queira ser engraçado nas aulas nem queira passar por humorista.
    Lembre-se de que está a falar para 25 alunos que têm telemóveis com câmara
    fotográfica e gravadores de áudio e vídeo.
    6. Não queira fazer-se passar por irmão mais velho, amigo, pai ou mãe dos
    alunos. Seja simplesmente professor: um profissional com elevada
    competência técnica e científica que é pago para ensinar. Quando se ensina
    bem, está-se a educar. A educação é uma camada que se sobrepõe à
    instrução. A sua tarefa principal é instruir. A educação vem por acréscimo. É
    um bónus.
    7. Não fale sobre a vida privada com os alunos. Lembre-se de que você não é
    pai nem mãe deles. Tão pouco é irmão. Nem sequer é um amigo. Você é um
    profissional.
    8. Não queira entrar na intimidade dos seus alunos. Ouça-os quando
    eles se dirigem a si para falar sobre os problemas pessoais, mas ouça
    apenas. Não diga nada. Se for caso disso, encaminhe-os para o
    psicólogo escolar. Se for assunto que possa ser tratado pela escola, mande-os
    falar com o director de turma.
    9. Guarde a ternura para os seus filhos. Não caia na tentação de
    consolar as crianças e os jovens com carícias, ainda que inocentes.
    Seja cuidadoso. Há crianças e jovens que fazem uso da maldade pura.
    10. Cuidado com as conversas com os pais. Trinque a língua antes de
    falar. Diga só o que for realmente necessário. Limite-se à descrição
    dos factos. Poupe nos adjectivos. Não faça juízos de valor. Nunca
    tenha a pretensão de pensar que os pais dos alunos são seus amigos. E nunca
    tome o partido dos pais contra os seus colegas. Lembre-se de que os pais
    passam, mas os seus colegas vão estar ao seu lado durante pelo menos 40
    anos.
    Teresa Soares

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